Já ouvi isso antes: Os veteranos vão se lembrar de argumentos semelhantes sobre o alto preço da regulamentação que circulava quando o GDPR, o rigoroso regime de privacidade da Europa, foi introduzido pela primeira vez. Os formuladores de políticas da UE estão ansiosos sobre ficar para trás dos EUA e da China em tecnologia, e muitos são alvos dessa ansiedade ao argumentar que regulamentação extra pode levar à perda de empregos e competitividade. Decoded é cético. O GDPR é visto como um dos maiores sucessos da política tecnológica da Europa. Apesar dos avisos iniciais, a regulamentação veio e as pessoas simplesmente… seguiram em frente.
MÉDICOS > IA: A inteligência artificial recebe muita publicidade sobre seu potencial para ajudar os médicos a diagnosticar melhor os cânceres. Em teoria, os sistemas de aprendizado de máquina poderiam identificar melhor os padrões em exames que poderiam indicar câncer. Um estudo de pesquisadores da Universidade de Warwick no BMJ, um periódico médico, descobriu que isso não é verdade na prática. A grande maioria dos sistemas de IA avaliados não teve melhor desempenho do que os radiologistas.
Resultados contundentes: Uma revisão sistemática do uso de IA em mamografias para detectar câncer de mama descobriu que “trinta e quatro (94 por cento) dos 36 sistemas de IA avaliados… eram menos precisos do que um único radiologista, e todos eram menos precisos do que o consenso de dois ou mais radiologistas”.
Mais tecnologia nem sempre é melhor: O setor de saúde tem se apressado para adotar mais IA. O estudo é um lembrete de que a IA de hoje tem um longo caminho a percorrer antes de substituir especialistas, e que decisões médicas importantes não devem ser deixadas para máquinas, ou pelo menos não apenas para máquinas. Os pesquisadores dizem que “os sistemas de IA não são suficientemente específicos para substituir as leituras duplas de radiologistas em programas de triagem” e não está claro onde, neste caso, a IA pode realmente ser útil. O melhor uso da tecnologia pode ser como uma ferramenta que complementa os médicos, o que pode ajudar a filtrar imagens que precisam ser avaliadas por um humano.
